domingo, 27 de março de 2011


Sou um coração voraz
E uma mente inquieta
Por traz de um sorriso tímido.

E exatamente,
Sou uma rosa
Com seus espinhos peculiares.

Em minhas equações
Luxúria e ansiedade
Buscando a igualdade da vida.

E agora
invisivelmente
sou apenas amor.

 Bento A. G.

( Meus defeitos não se mesclam a nada,  minha fraquesa na mesma proporção. Talvez isto seja minha força, ser tão quanto uma rosa, e ser apenas todo amor.)

domingo, 20 de março de 2011


Palavras


Em linhas tênues
Um poeta sem juventude
Buscando em longínquas eras

A pálida donzela
Dos amores desiguais.

Em versos aferrados
O trovador impudico.

A metamorfose
Dessas personalidades
Fazem-me amar de tudo
E nenhuma.
Fazem-me talvez, distraído.

Já não me preocupo
Em me fazer entender
Ou, talvez, em confundir
Volúpia e amor.

Apenas dispo palavras
Que em um ponto do infinito
Serão igualadas
Ao amor sublime

Que um poeta alvo
 Dedicou a donzela desfalecida
Ou apenas, serão esquecidas.

Bento A. G.

( Todas as palavras que um dia pensei em te dizer, calei-me. Pois meu coração não sabe como amá-la normalmente, este ama-a apenas nos limites do infinito. Como eu queria que estes limites fossem compreensíveis e então nossos corpos se amassem como nunca.)

quarta-feira, 16 de março de 2011


    Exatamente, Bê.

    O espectro exato
     de minhas equações,
     fizeram-me ora simples, ora complexo.
     E Eu continuava sendo este misto
     num espaço-tempo particular.
 
     Fui outrora qualquer explosão
     ou ficção.
     E do muito,
     fiz-me apenas
     o indivisível.
 
     Ora negativo, ora positivo
     e se não me engano, talvez, neutro.
     Como a Luz, ofusquei-me
     em qualquer vácuo de ignorância
    enfim envelheci. 
     Agora nos números complexos
     sou qualquer equação incompreensível
     a maioria...
     Porém sei que me entendes
    melhor que ninguém
    querida, matemática.
Bento A. G.

( às vezes és a única que exatamente me compreende, escuta e acalma... Quase sempre és a mais especial, minha única e querida matemática.)

quinta-feira, 10 de março de 2011


Curva Apaixonada


Todas as palavras ditas
Não fazem todo o espaço-tempo
Necessário para amá-la.

Meus olhos vêm-na
como amores desiguais.

Em versos enamorados
Ou, simplesmente, como uma super-nova.

A magia
Desses sentimentos
Resumem-se, apenas
Em quero-te
Agora e no infinito.

Bento A. G.
( Se pudesse dizer que te adoro em tudo, que nosso infinito é muito mais além de qualquer espaço-tempo, ou qualquer galáxia visível, diria-te, vem sem medo. Quero te fazer feliz e mais ninguém, eu te juro...juro... Como o amor mais puro que um dia registrei. Teus encantos vão além de uma explosão estrelar, e meu sonho, vai à velocidade da luz, buscá-la.  "Supernova de Kepler" ...)

domingo, 6 de março de 2011


Baudelaire

Conheci tuas covas boçais
e tuas rimas folclóricas,
degustei cada palavra,
como se amasse a mesma.

Em tuas flores opacas
o amor cintila do anil ao róseo.
Foi-se a morena, a loira e a ruiva
como anseio selvagem.

E de tantas vezes que te devorei
senti-me ainda mais simbolista
esperando o novo verso
 que ao reverso
tentou fazer-me poeta.

Bento A. G.

( Uma simplória homenagem a um dos poetas que não consigo viver sem. Suas obras me fazem viajar e congretizar que sei quem sou... Sou uma rima abstrata de entrelinhas grossas e sinceras, sou ao mesmo tempo pecado e amor. O que teus olhos não entende e teu coração anseia. )