domingo, 20 de março de 2011


Palavras


Em linhas tênues
Um poeta sem juventude
Buscando em longínquas eras

A pálida donzela
Dos amores desiguais.

Em versos aferrados
O trovador impudico.

A metamorfose
Dessas personalidades
Fazem-me amar de tudo
E nenhuma.
Fazem-me talvez, distraído.

Já não me preocupo
Em me fazer entender
Ou, talvez, em confundir
Volúpia e amor.

Apenas dispo palavras
Que em um ponto do infinito
Serão igualadas
Ao amor sublime

Que um poeta alvo
 Dedicou a donzela desfalecida
Ou apenas, serão esquecidas.

Bento A. G.

( Todas as palavras que um dia pensei em te dizer, calei-me. Pois meu coração não sabe como amá-la normalmente, este ama-a apenas nos limites do infinito. Como eu queria que estes limites fossem compreensíveis e então nossos corpos se amassem como nunca.)

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