sexta-feira, 29 de julho de 2011

Morena II

A fragrância que sai do teu Eu
faz-me plural ante teus lábios
Este tom peculiar
de barroco e cubismo
açúcar e pimenta.
Reflete o que tua alma
desenhou em meus sonhos.
Bento A. G.

( Por mais que as nuvens tendem a ser cinza, todo verso doce de amor é capaz de transformar em aquarela cada novo raiar. Amante que sou transcorro meus versos, em sonhos, em tons divergentes. deixo esta mistura agridoce para alegrar meu imo e tua essência.)
Em meus tons putrefatos
busco um acorde de alegria
ou talvez notas que não me deixem
dilacerado.
Em tons de cinza
termino meu dia.
Bento A. G.

( Tem dias que o relógio maltrata as horas não passam. As lágrimas não cessam e continuamente, como num ciclo o coração se dilacera. São tantas pessoas vazias, farsas.
Por sorte tenho meu versos e meus acordes, estes sim, sabem que cada palavra maldita é pior que um tiro. Pois bem, que meus versos não morram também. Pois meu imo, foi-se.)

quarta-feira, 20 de julho de 2011


     Tão raro como afago pueril,
     tão doce como criança.
     São os abraços sinceros
     que damos a todos aqueles
     que podemos gritar ser: AMIGOS.

Bento A. G.


( A amizade é um elo transcendental que acompanha as sinapses e qualquer hormônio interligado as emoções. Nasce numa fração temporal e se verdadeira infinda-se por vidas e vidas. A quem diga que amigos são poucos, crio que sejam muitos, pois estes, poucos, valem com certeza por outros milhares. As lágrimas secas, os abraços de comemoração, os sorrisos de alegria. Na tão puro seria capaz de transcender qualquer linha de afeto que não a amizade. Irmãos, pais, colegas, cônjuges são além de tudo amigos. Espero tê-los, sempre.
Um ótimo dia do amigo a todos que trago em meu coração!
Que o universo nos transcenda sempre aos meus encontros astrais, amigos sempre. ) 

terça-feira, 19 de julho de 2011

Identidade

Alguns versos
trazem em sua essência
o silêncio marcante do autor.

Consigo amores e amantes
transcendendo a alma poética
do amor.

Faz-se apenas versos
e um devaneio íntimo. 
Bento A. G.

( O silêncio daqueles acordes dedilhados em preto e branco assusta-me ferozmente. Vejo-os como a essência encantadora do poeta que dedilha suas sílabas ininterruptamente até os versos tomarem a forma do seu imo. Faço da mesma forma uma arte ritmada dedilhando não acordes, e sentimentos.  Meus versos não precisam ser únicos, podem ser apenas sisma minha, porém ao tocar outrém deixam-me inevitavelmente feliz. Poesia e música sempre estão juntas em meu coração, constroem então o que sempre venerei, o amor. Em silêncio, claro, pois os instantes inesquecíveis são silenciosamente guardados.) 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Eu era um homem juvenil

Grato as peculiaridades do dia,
uma brisa suave refresca meu coração;
errante e enamorado por esta terra
que mil amores tem a me ofertar.


Sempre em ti hei de viver a
Fragrância generosa de afago;
luz e sombra de aquarela
nos instantes lascivos.


Pois em ti, um significado diferente,
despertou minhas carícias
Foi então que percebi
ali descobri a paixão.
Bento A. G.
( Em dias que o tédio parace insuperável, adoro dizerr seu nome... Fazê-la sempre viva e única em meu coração. Pois sei que um di virás, de onde? talvez, qualquer universo paralelo, ou simplesmente dos meus sonhos... Tão doce sonhos. Então a espero ansiosamente doce dama... Onde estou? Onde estás, meu amor?! E a metamorfose segue a mesma, será possível? Pense...)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Somos a poesia perfeita
 agridoce,
Corpos em chama
e almas sublimemente na mesma equação.


A simetria dos anjos,
que se amam ingenuamente
muito mais além.
Somos pimenta e chocolate
ou talvez apenas
uma história de amor.
 Bento A. G.

( Em meus devaneios libidinosos somos sempre a linha sublime de amor. Meus versos são insistentemente românticos, pois os vejo apenas como extensão de meu interior. E é assim que sigo... romântico e caleidoscópio.) 

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A canção

E tu me dizes metricamente
que os acordes são outros,
talvez o reverso destes pálidos,
e tu me dizeis para voar.

Um século, um mês
por notas virginais.
Hei, então de reescrever
estas notas a mais.

Contudo a canção segue a mesma,
nas linhas infinitas do tempo.
faço-me conservador
ou moderno
esperando, tão somente, o amor...
Bento A. G.

( Hoje acordei sem inspiração, com aquele "Q" sentimental. No rádio então clássicos sententistas. Fiz-me por breve instante algum estro de amor. Queria poder abrilhantar meus versos com aqueles agudos inesquecíveis, ou simplesmente, fazê-los belos. Porém está cada dia mais difícil não ver lágrimas onde sempre foi sorriso. Talvez mude, talvez não... E por hora meus versos seguem mortos, ruins e esquecidos. Quem sabe revivam com o amor... que amor? Onde estou? Onde estás, meu amor?!...)

sábado, 9 de julho de 2011


Coeur



A noite corre as veias
feito versos fartos.
E o poeta ainda nas noites eternas
bebe do cálice lascivo do teu G.


Maiúsculo este se faz,
ao repousar em tua pele de flor.
Vinde a mim em silêncio,
Feito coração que pulsa amor.
Bento A. G.

( Nos altiplanos do teu gemido, sentia cada erupção do teu G. Fazia-me nestes instantes de pimenta, o tempero poético de tuas lascívias. E em silêncio, meu coração fazia-se Baudelairista. Transformava meus versos cinzas em estros coloridos, para jovialmente admirar teu Eu e dizer... seja no pecado ou na essência, te amar é simplesmente o que importa... Onde estou? Onde estás, meu amor?!... Vinde a mim donzela das mil cores, faça-me louco... o mais louco dos amores. )

sexta-feira, 8 de julho de 2011


Versos à Castro
 

Minha alma flui em estações díspares
Ora em céus de verão, ora cinzas.
Em equações menores,
fui Romeu ou D. Juan.
Sobrou-me as cores de outono,
para repousar meus sorrisos em flores.
Restou-me ainda os aromas virginais,
das estações a mais...



Meu coração Shakespeariano
Deixou-me improvisos
e versos pueris.
Minhas veias Einsteinianas
Sobrescreveram teus sorrisos,
em universos paralelos.


Alma e coração,
Fizeram-se únicos
Para que seja inverno ou não,
possa imortalizar amores.
Bento A. G.

( Meus ídolos delineiam esboços tão precisos que creiam ser as cores a mais que deixo em meu corpo. Versos de admiração e romantismo são uma contante destas linhas que desenho. Faço dos números linhas de amor e das palavras equações gramaticais do mesmo. Alimente minha alma e meu coração e deixo as palavras fluirem, pois amar é a única virtude de um imo enfurecido.)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Jardim

Dentre rosas e lírios
Flui uma essência pueril;
Em teus delírios,
Um amor lírico

Fazem-nos plural.

Uma junção perfeita
De corpo e alma.



Bento A. G.

( Em todas as viagens astrais, vi campinas tão fluentes quanto cada curva do teu corpo. E nestes jardins celestiais perdi-me em teu olhar com a mesma intensidade que queimei-me em teus beijos. Tua pele feito rosa, acariciava-me tão docemente que foi impossivel esquecê-la. O passado vez-me ainda mais admirador de tua beleza, o futuro, só ele sabe o quanto serei amante do teu Eu... Morena.)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

    Ensaio sobre o Cosmo II

     Esta volúpia pulcra
     ora rósea, ora em tons de azul 
     deixa-me cauteloso em outras dimensões.  


     Os ecos do teu Eu 
     percorre ondas bilaterais, 
     deixando em meu corpo  
     as cores do silêncio; 
 

     Este seio sóbrio 
     embriaga minhas lascívias  
     em forças gravitacionais. 
 

     Teu íntimo 
     deixa meus versos 
     cheio de dúvidas...

Bento A. G.


 ( As cores que te fazem Todo, deixam-me cada dia diferente. Penso em teus gozos, teus olhares, tua pele... e por fim, termino nos mistérios do cosmo. Louco, não? Pois quando estou em teu corpo, tua alma faz-me lembrar que teu delírio está muito mais além, por dentre as nuvens, em explosões gasosas vejo o teu G. Não que queira que teu corpo seja meu universo, pelo contrário, espero ser teu mundo particular, e encontrá-la em delírios fortes muito mais além.. onde apenas os sublimes podem alcançar...)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Ensaio sobre o cosmo

Nos altiplanos celestiais
os astros e dimensões,
fazem-se tão únicos quanto à linha que os separa,
seja nas explosões coloridas,
ou nos tons gravitacionais,
negros e misteriosos.


As vibrações cósmicas
lembram-me aquele bailar díspar
de homens e mulheres
que em mundos paralelos são tão iguais.

Separados por anos-luz,
deixo-me exclusivamente como um ponto
sendo este amante
das demais dimensões
e dos teus mistérios.
Bento A. G.

( Nos devaneios mais fascinantes que tenho, possuo o horizonte de mistérios como o auge de qualquer excitação. Vê-lo como constante metamorfose, faz-me pensar o porque de Eu também não fazer. E pronto, o faço, sou agora a composição instantânea de fantasia e amor, e depois, serei quem sabe a mesma equação em contextos divergentes. Em meus particulares não sou supernova, buraco negro, nem em sonhos mais longínquos um astro. Mas sonho em ser um universo, quem sabe paralelo ou único que uma donzela perca-se e faça-me incondicionalmente único. Por mais que o Cosmo possa me fascinar, apenas teu sorriso é capaz de me encantar morena... "Meu samba é seu amigo, que a minha casa é sua... que meu peito é seu abrigo... Morena..." )

segunda-feira, 4 de julho de 2011

 Corpo

Conheci as cores da vida
ao passear por tuas curvas,
e em cada mistura secundária,
o desejo insaciável pela primária.

Fiz-te entre mil amores
o único eterno.
E de tuas cores rubras
uma diversão.

Faço-te, agora,
a abstrata arte
que me parte
 entre santo e pecador
deixando-me, apenas, uma aquarela de conservador.
Bento A. G.

( Ao me deleitar no róseo do teu seio, ou nas cores ímpares do teu gozo, pintei quadros mágicos em devaneios mundanos. E as cores foram se misturando, no horizonte via um brilho sem igual saindo do teu sorriso e repetindo-se num olhar doce. Fui, particularmente de santo a pecador, ao conhecer cada cor que exalas, fiz-me nestes instantes breve, cubista, modernista, contemporâneo...Foi de tão expressionista a arte dos amores rubros que me ensinastes, que tentei ser quem sabe um Bocage. Fato que em cada linha tênue que descobri, consegui ser somente este andarilho de palavras boêmias e fazê-la versos simples de um coração amante...)