quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Morena de anseios selvagens 
ante aos encantos teus,
perco-me em amores meus 
para encantar-te mais e mais


Bento A. G.

( Nos encantos de tua palidez, morena, fiz-me todo. Na aquarela de teu sorriso, único. No chamado constante do teu coração, apenas, puro amor. )

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Refração

Hei de vê-la
acomodada em meus braços
como a luz acomoda-se ao poente.

Hei de tê-la
em instantes infinitos
que meu amor transbordará.

Se meus versos
não são perfeitos
minha refração é ideal
levando-a ao ponto médio.

Onde imo e estro
inegavelmente
são coincidentes
fazendo-a, amor.
 Bento A.G.

( Meus feixes de luz deixam-me, às vezes, descrente. Mas ao observar cada cor com suas peculariedades faz-me crer que o amor é possível mesmo no cinza dos dias atuais.) 

terça-feira, 6 de setembro de 2011

 Sexo





  Vejo-me junto a ti

Como não me imaginei ver.

Você despida sem pressa de despedida.

Eu eufórico, querendo descobrí-la.



Vejo-me como criança

ao descobrir o novo

e como homem

levando-a comigo.





   Vamos a qualquer lugar

que o limite seja o impossível

e o desejo o mais improvável.



Vamos além destes lençóis

e de nossos suores.

Vamos aqui, consolidar

nascemos para nos amar.
Bento A. G.

( Hoje há dia para comemorar tudo, hoje por exemplo, comemora-se o dia do sexo. Qual seria a importância para tal dada? Ser bom? Realmente é bom, mas não seria para tanto uma data especial. Nunca vi ninguém comemorar  o amor, um português formal, a educação... Pois bem, deixo aqui minha homenagem ao sexo, não que isso seja importante... Mas prefiro comemorar diariamente o AMOR...)

sexta-feira, 19 de agosto de 2011


Olhos castos



Estes olhos castos veem
o lilás graduado de tua alma,
ascendendo as chamas voluptuosas
sonhadas em outrora.
Estes olhos castos...

Vivem a essência enamorada
de versos sonhadores.
Estes olhos castos,
querem, apenas, admirá-la.
Bento A.G.
( Meu olhar, mesmo que no horizonte, tende a buscá-la. Seja em meus sonhos, imos, ou apenas nas ruas intermináveis da vida. Estes olhos, Ah! Estes olhos, se mais sensíveis fossem, te mostrariam a fúria em meu peito...)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011


So fine

Aqueles tons violetas de nostalgia
consomem uniformemente meus versos.
Estrofes que me levam ao passado
numa ponte ao futuro

tempo este que espero estar ao teu lado.

Busco estrelas
átomos, realidades...
Busco tão somente um poema
que te faça minha verdade.
Bento A. G.
(Como uma atração surreal surges em meus versos, como cada melodia consome toda minha atenção e vigor ao devorar cada segundo desta música. O tempo se esvai e com ele a nostalgia uniforme daquele quadriculado roxo e preto, tal obra que em meus sonhos formam a perfeição, do que mundanamente, chamamos paixão. Lá fora a chuva cai, meus versos, tão intensamente conectados fluem igualmente.  Minhas palavras tornam-se, então, gotas de amor à luz da lua. Meu imo, por consequência, é teu. "Aujourd'hui et toujours, Je t`aime." HOJE E SEMPRE, AMO-TE.)


sexta-feira, 29 de julho de 2011

Morena II

A fragrância que sai do teu Eu
faz-me plural ante teus lábios
Este tom peculiar
de barroco e cubismo
açúcar e pimenta.
Reflete o que tua alma
desenhou em meus sonhos.
Bento A. G.

( Por mais que as nuvens tendem a ser cinza, todo verso doce de amor é capaz de transformar em aquarela cada novo raiar. Amante que sou transcorro meus versos, em sonhos, em tons divergentes. deixo esta mistura agridoce para alegrar meu imo e tua essência.)
Em meus tons putrefatos
busco um acorde de alegria
ou talvez notas que não me deixem
dilacerado.
Em tons de cinza
termino meu dia.
Bento A. G.

( Tem dias que o relógio maltrata as horas não passam. As lágrimas não cessam e continuamente, como num ciclo o coração se dilacera. São tantas pessoas vazias, farsas.
Por sorte tenho meu versos e meus acordes, estes sim, sabem que cada palavra maldita é pior que um tiro. Pois bem, que meus versos não morram também. Pois meu imo, foi-se.)

quarta-feira, 20 de julho de 2011


     Tão raro como afago pueril,
     tão doce como criança.
     São os abraços sinceros
     que damos a todos aqueles
     que podemos gritar ser: AMIGOS.

Bento A. G.


( A amizade é um elo transcendental que acompanha as sinapses e qualquer hormônio interligado as emoções. Nasce numa fração temporal e se verdadeira infinda-se por vidas e vidas. A quem diga que amigos são poucos, crio que sejam muitos, pois estes, poucos, valem com certeza por outros milhares. As lágrimas secas, os abraços de comemoração, os sorrisos de alegria. Na tão puro seria capaz de transcender qualquer linha de afeto que não a amizade. Irmãos, pais, colegas, cônjuges são além de tudo amigos. Espero tê-los, sempre.
Um ótimo dia do amigo a todos que trago em meu coração!
Que o universo nos transcenda sempre aos meus encontros astrais, amigos sempre. ) 

terça-feira, 19 de julho de 2011

Identidade

Alguns versos
trazem em sua essência
o silêncio marcante do autor.

Consigo amores e amantes
transcendendo a alma poética
do amor.

Faz-se apenas versos
e um devaneio íntimo. 
Bento A. G.

( O silêncio daqueles acordes dedilhados em preto e branco assusta-me ferozmente. Vejo-os como a essência encantadora do poeta que dedilha suas sílabas ininterruptamente até os versos tomarem a forma do seu imo. Faço da mesma forma uma arte ritmada dedilhando não acordes, e sentimentos.  Meus versos não precisam ser únicos, podem ser apenas sisma minha, porém ao tocar outrém deixam-me inevitavelmente feliz. Poesia e música sempre estão juntas em meu coração, constroem então o que sempre venerei, o amor. Em silêncio, claro, pois os instantes inesquecíveis são silenciosamente guardados.) 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Eu era um homem juvenil

Grato as peculiaridades do dia,
uma brisa suave refresca meu coração;
errante e enamorado por esta terra
que mil amores tem a me ofertar.


Sempre em ti hei de viver a
Fragrância generosa de afago;
luz e sombra de aquarela
nos instantes lascivos.


Pois em ti, um significado diferente,
despertou minhas carícias
Foi então que percebi
ali descobri a paixão.
Bento A. G.
( Em dias que o tédio parace insuperável, adoro dizerr seu nome... Fazê-la sempre viva e única em meu coração. Pois sei que um di virás, de onde? talvez, qualquer universo paralelo, ou simplesmente dos meus sonhos... Tão doce sonhos. Então a espero ansiosamente doce dama... Onde estou? Onde estás, meu amor?! E a metamorfose segue a mesma, será possível? Pense...)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Somos a poesia perfeita
 agridoce,
Corpos em chama
e almas sublimemente na mesma equação.


A simetria dos anjos,
que se amam ingenuamente
muito mais além.
Somos pimenta e chocolate
ou talvez apenas
uma história de amor.
 Bento A. G.

( Em meus devaneios libidinosos somos sempre a linha sublime de amor. Meus versos são insistentemente românticos, pois os vejo apenas como extensão de meu interior. E é assim que sigo... romântico e caleidoscópio.) 

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A canção

E tu me dizes metricamente
que os acordes são outros,
talvez o reverso destes pálidos,
e tu me dizeis para voar.

Um século, um mês
por notas virginais.
Hei, então de reescrever
estas notas a mais.

Contudo a canção segue a mesma,
nas linhas infinitas do tempo.
faço-me conservador
ou moderno
esperando, tão somente, o amor...
Bento A. G.

( Hoje acordei sem inspiração, com aquele "Q" sentimental. No rádio então clássicos sententistas. Fiz-me por breve instante algum estro de amor. Queria poder abrilhantar meus versos com aqueles agudos inesquecíveis, ou simplesmente, fazê-los belos. Porém está cada dia mais difícil não ver lágrimas onde sempre foi sorriso. Talvez mude, talvez não... E por hora meus versos seguem mortos, ruins e esquecidos. Quem sabe revivam com o amor... que amor? Onde estou? Onde estás, meu amor?!...)

sábado, 9 de julho de 2011


Coeur



A noite corre as veias
feito versos fartos.
E o poeta ainda nas noites eternas
bebe do cálice lascivo do teu G.


Maiúsculo este se faz,
ao repousar em tua pele de flor.
Vinde a mim em silêncio,
Feito coração que pulsa amor.
Bento A. G.

( Nos altiplanos do teu gemido, sentia cada erupção do teu G. Fazia-me nestes instantes de pimenta, o tempero poético de tuas lascívias. E em silêncio, meu coração fazia-se Baudelairista. Transformava meus versos cinzas em estros coloridos, para jovialmente admirar teu Eu e dizer... seja no pecado ou na essência, te amar é simplesmente o que importa... Onde estou? Onde estás, meu amor?!... Vinde a mim donzela das mil cores, faça-me louco... o mais louco dos amores. )

sexta-feira, 8 de julho de 2011


Versos à Castro
 

Minha alma flui em estações díspares
Ora em céus de verão, ora cinzas.
Em equações menores,
fui Romeu ou D. Juan.
Sobrou-me as cores de outono,
para repousar meus sorrisos em flores.
Restou-me ainda os aromas virginais,
das estações a mais...



Meu coração Shakespeariano
Deixou-me improvisos
e versos pueris.
Minhas veias Einsteinianas
Sobrescreveram teus sorrisos,
em universos paralelos.


Alma e coração,
Fizeram-se únicos
Para que seja inverno ou não,
possa imortalizar amores.
Bento A. G.

( Meus ídolos delineiam esboços tão precisos que creiam ser as cores a mais que deixo em meu corpo. Versos de admiração e romantismo são uma contante destas linhas que desenho. Faço dos números linhas de amor e das palavras equações gramaticais do mesmo. Alimente minha alma e meu coração e deixo as palavras fluirem, pois amar é a única virtude de um imo enfurecido.)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Jardim

Dentre rosas e lírios
Flui uma essência pueril;
Em teus delírios,
Um amor lírico

Fazem-nos plural.

Uma junção perfeita
De corpo e alma.



Bento A. G.

( Em todas as viagens astrais, vi campinas tão fluentes quanto cada curva do teu corpo. E nestes jardins celestiais perdi-me em teu olhar com a mesma intensidade que queimei-me em teus beijos. Tua pele feito rosa, acariciava-me tão docemente que foi impossivel esquecê-la. O passado vez-me ainda mais admirador de tua beleza, o futuro, só ele sabe o quanto serei amante do teu Eu... Morena.)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

    Ensaio sobre o Cosmo II

     Esta volúpia pulcra
     ora rósea, ora em tons de azul 
     deixa-me cauteloso em outras dimensões.  


     Os ecos do teu Eu 
     percorre ondas bilaterais, 
     deixando em meu corpo  
     as cores do silêncio; 
 

     Este seio sóbrio 
     embriaga minhas lascívias  
     em forças gravitacionais. 
 

     Teu íntimo 
     deixa meus versos 
     cheio de dúvidas...

Bento A. G.


 ( As cores que te fazem Todo, deixam-me cada dia diferente. Penso em teus gozos, teus olhares, tua pele... e por fim, termino nos mistérios do cosmo. Louco, não? Pois quando estou em teu corpo, tua alma faz-me lembrar que teu delírio está muito mais além, por dentre as nuvens, em explosões gasosas vejo o teu G. Não que queira que teu corpo seja meu universo, pelo contrário, espero ser teu mundo particular, e encontrá-la em delírios fortes muito mais além.. onde apenas os sublimes podem alcançar...)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Ensaio sobre o cosmo

Nos altiplanos celestiais
os astros e dimensões,
fazem-se tão únicos quanto à linha que os separa,
seja nas explosões coloridas,
ou nos tons gravitacionais,
negros e misteriosos.


As vibrações cósmicas
lembram-me aquele bailar díspar
de homens e mulheres
que em mundos paralelos são tão iguais.

Separados por anos-luz,
deixo-me exclusivamente como um ponto
sendo este amante
das demais dimensões
e dos teus mistérios.
Bento A. G.

( Nos devaneios mais fascinantes que tenho, possuo o horizonte de mistérios como o auge de qualquer excitação. Vê-lo como constante metamorfose, faz-me pensar o porque de Eu também não fazer. E pronto, o faço, sou agora a composição instantânea de fantasia e amor, e depois, serei quem sabe a mesma equação em contextos divergentes. Em meus particulares não sou supernova, buraco negro, nem em sonhos mais longínquos um astro. Mas sonho em ser um universo, quem sabe paralelo ou único que uma donzela perca-se e faça-me incondicionalmente único. Por mais que o Cosmo possa me fascinar, apenas teu sorriso é capaz de me encantar morena... "Meu samba é seu amigo, que a minha casa é sua... que meu peito é seu abrigo... Morena..." )

segunda-feira, 4 de julho de 2011

 Corpo

Conheci as cores da vida
ao passear por tuas curvas,
e em cada mistura secundária,
o desejo insaciável pela primária.

Fiz-te entre mil amores
o único eterno.
E de tuas cores rubras
uma diversão.

Faço-te, agora,
a abstrata arte
que me parte
 entre santo e pecador
deixando-me, apenas, uma aquarela de conservador.
Bento A. G.

( Ao me deleitar no róseo do teu seio, ou nas cores ímpares do teu gozo, pintei quadros mágicos em devaneios mundanos. E as cores foram se misturando, no horizonte via um brilho sem igual saindo do teu sorriso e repetindo-se num olhar doce. Fui, particularmente de santo a pecador, ao conhecer cada cor que exalas, fiz-me nestes instantes breve, cubista, modernista, contemporâneo...Foi de tão expressionista a arte dos amores rubros que me ensinastes, que tentei ser quem sabe um Bocage. Fato que em cada linha tênue que descobri, consegui ser somente este andarilho de palavras boêmias e fazê-la versos simples de um coração amante...)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Quadros

Em sequências aleatórias,
devoraria cada verso,
ante teu róseo seio
feito cubista.

Em mundos quânticos,
somente tua inspiração
é capaz de fazer-me, todo
e por unidade, modernista.

Nas linhas quebradas
do meu andar,
far-te-ia, tão somente
em preto e branco
como aquele quadro móvel.

Com rimas subjetivas
e amores diluídos
Faço-me, contemporâneo
não por menosprezar os demais
porém o amor
hoje, faz-se, diferente.
Bento A. G.

OBS: Este ainda deve ser mudado, feito em 5 min para passar o tempo apenas...
( Em quadros estáticos na parede, vejo a cada dia uma emoção nova, não por este ter mudado necessariamente, mas em cada olhar que nele se fixou uma essência divergente. Tentar contrapô-las é algo que parece impensável,pois então, em meus versos aleatórios tentei fazê-lo. Mudar o geral também segue o mesmo raciocínio, na maioria da vezes, é impensável. No entanto, que o amor seja sempre prioritário, que não seja esta opção medíocre dos dias atuais... "Onde estou? ... é amor, Onde estou...sem você aqui?!")

terça-feira, 28 de junho de 2011

Arco-íris


Hei de ver-me,
além destes universos paralelos,
e fazer-me;
simbolista de amores a mais.
 

Transcendendo a aquarela
nos teus sorrisos,
e muito mais além;
quem sabe, fazer-me romancista.
Bento A.G.

( Nas viagens platônicas que faço pelo teu íntimo, vejo-me não muito além daquela essência ingênua de tínhamos nos primeiros anos. Hoje com a facilidade da descoberta, nem as mais fascinantes ilusões do cosmo me parece perfeitamente, ilusória.Lentes demais, tecnologia demais... e infelizmente amor demenos. Assim, sigo, solitariamente com meus versos conservadores, meu íntimo perdido e meus pensamentos naquela época onde a descoberta era a chama da conquista e não o próximo passo apenas. Vou de Baudelaire à Platão... Einstein à Vinicius e nada, absolutamente nada parece-me saciar esta voracidade por amor... "Onde estou? Onde estás, meu amor?!")

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Tarja 

Teus longos fios morenos,
fazem-me ir além de qualquer vibração mundana.
E no cetim do teu timbre
sinto emoções distintas.

Tua pele sempre pálida
enfurece meu coração,
Teus lábios encarnados
em meu imo seguem a mesma proporção.

 

Alimente minha alma e meu coração
com tuas canções ímpares,
e faça-me muito além de um fã
 deixe-me em versos simples
ser o teu amante.
Bento A. G.

( Estranhamente neste inverso teu timbre vai muito além de minha alma e aquece este já quase vencido coração. De tantos punhais nele gravado, sinto-me bem apenas quando aprecio uma voz aveludada que em canções as vezes triste, trazem-me a alegria de saber que em priscas eras Eu já fui um poeta, hoje, talvez, seja apenas um boêmio amante. Contuto trago em minhas veias o singular desejo pelo amor, seria Eu um romancista renascendo das cinzas? - creio que não, seria muita pretenção de minha parte, sigo sendo apenas, teu fã e um amante de corações alheios que com sorrisos ímpares alimenta minha alma. Bem em palavras confusas deixo uma breve admiração a Tarja Soile Susanna Turunen Cabuli.)

domingo, 26 de junho de 2011

Amante à Física



Quando o fascínio
supera os limites do paralelismo
viajo por universos e dimensões.
Vai-se o
espaço-tempo,
e em remotas oscilações
meu peito, faz-te supernova
de um tom afogueado a um azul céu
pinto nosso amor de poesia
.



Quando os ensaios
de
meus versos abstratos
são apenas poesia boemia
vejo-a bailar nos salões da insanidade,
e novamente, estamos no marco zero.
Big Ban...
Nossos corpos são fúria
e nossas almas, amor.
Bento A. G.

( No exato instante em que conheci a palavra
deixei
cada fator e parcela
como o símbolo máximo de minha inspiração,
Não que estes números não fossem importante
mas em contradição tornaram-se letras...

Com o mesmo fascínio pela Física e Poesia, deixo que as palavras meçam detalhadamente cada sentimento meu,  e que meu coração seja a única parcela responsável pela soma de nossos corpos, ou em escalas mais intimas os fatores responsáveis pela multiplicação deste sentimento sublime. Deixo-a com minha alma e meus versos, espero ser suficiente... "Onde estou? Onde estás, meu amor?!")
Amante à Português


Em linhas pretéritas,
e amores mais que perfeitos,
seja no passado ou futuro
sigo sendo conservador.

Em conjugações distintas
e gêneros na mesma proporção
afago cada olhar
como se este fosse único e último.


A mística exata dos antônimos
torna-nos um,
a par de nossos corpos fundidos
 e almas errantes
de Deuses e Donzelas.


E na mesma equação
somos sujeito e objeto
verbo e predicação.
Seremos, talvez, a conjunção
de frases perfeitas
e amores a mais.
 Bento A. G.

(Às vezes creio que em equações complexas existem essência e palavras perdidas, assim como em versos tão belos uma simetria bilateral que transcende qualquer métrica. A formalidade nem sempre é precedente, mas quando está se faz por completo, torna não apenas belo, como por completo, complexo. Vou do português à matemática com o mesmo entusiasmo que vou do teu coração à teus lábios...) 

sábado, 25 de junho de 2011

Quisera

Quisera meu íntimo
ser todo teu
ou meu olhar
te endoidecer.
Quisera Eu
ser metade de você.

Ser o complemento
de toda alegria e paixão.
Quiçá,
ser apenas
o que te faz bem.


Quero-te
como rosa e fogo
amando-te
pouco a pouco.

Bento A. G.


( Quem me dera ao menos uma vez ter todo o amor dos versos de poetas renomados, ou pelos menos, ter em totalidade teu coração. Quem me dera fazer parte deste teu sorriso, e estar intimamente ligado ao brilho dos teus olhos... Quisera Eu, ser este que chamas de amor, ou apenas, a paixão que sonhas a cada vez que fechas os olhos... quem me dera se um dia tiver este privilégio... Faça-me teu em sorrisos e olhares, faça-me fogo e criança... Faça-me apenas este coração enamorado que cospe palavras boêmias.)   

sexta-feira, 24 de junho de 2011

“Amar lá France”


Mon pur amour
ao te ver, enamorei-me.
por rosas e lírios.
Mon pur amour
em veias longínquas.
Fiz-me açúcar e pimenta
ante ao sorriso cintilante
do teu estro.

Nas passarelas da poesia
vejo-te passar,
e todo dia
lustro teus passos com amor,
fazendo-os versos compassados
numa rima apaixonada.
Contando os dias, de passo em passo
sonho com o bailar de nossas almas.

L’amour l’amour
conheci a imprecisão
ao vê-la passar.
l’amour l’amour
se hoje estou aqui
é por tua alma
ou apenas porque necessito
destes versos apaixonados
de um amante francês.

 Bento A. G.

( Tem horas que a poesia não tem língua, tão pouco inspiração. Esta nasce com uma voracidade e consome cada verso com um emoção inexplicável. Mistura-se línguas, sentimentos, lembranças... e no fim parece a mesma abstração gramatical do dia-a-dia, porém não será? Particularmente, ainda penso, que não existe idioma para o amor, tão pouco versos perfeitos... Mas estas mesclas soa-me além de desafiadora, simbolista e romancista, um tanto ímpar. Na verdade é par. Será? E no fim a pergunta, "onde estou? onde estás, meu amor?" ...)


terça-feira, 21 de junho de 2011

Hei de ver-te sem este véu
de sublime inocência.
E fazer-te no rubro momento
canticos libidinosos...

Ou apenas
como rosa em botão
fazer-te única
em meu coração...
Bento A.G.

( De toda a poesia e volúpia dos meus versos, deixo o prazer de lado, para ter em qualquer momento, apenas o amor... amor de versos romancistas e simbolistas. Às vezes rubro, outras tantas alvo.)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Eu não sei dizer te amo

Acordei-me meio bossa nova e rock’n’roll
fluentemente pensando em não pensar
e quando o dia não mais se fez...

STOP!
Em que esquina, perdi-me?
Já não sei dizer...

l’amour l’amour
lhe fiz em exatas equações
e nada fez-me sentido
ao ver Shaoran e Schayana.

Aliás, até pensei
que em poemas livres
o passado poderia ser agora
e no presente, eu poderia dizer:
- Te amo, te amo...
mesmo sem querer...
Bento A. G.

( Sabe quando mudar é extremamente necessário?! Pois então a hora chegou, e eu definitivamente não quero mudar, queria voltar... A ser esta metamorfose gramaticalmente rock'n'roll, ou um poeta delicadamente bossa nova.)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Digo silenciosamente
que estar ao teu lado
torna-me, cada dia essencial.
E cada gesto insano de saudades
parece-me obviamente
voracidade de um imo enamorado.
Bento A. G.

( Essencialmente digo que em minhas loucuras gramaticais nenhum verso perfeito seria capaz de expressar todo o amor de um poeta, nem todo brilho do teu olhar, eu seria capaz de apagar... Pois ao amor, damos apenas, essência e imo.)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Day

Meu coração incerto
Nega ser escravo do teu bailar.
Eu, enamorado e esperto
Vejo brechas pra te amar.

Seja sobre a luz da lua
Ou em afogueados cantos do teu Eu
Onde nossas almas nuas
Criam o espectro de qualquer
Romance shakespeariano.
Bento A.G.

( Nas horas mais incertas o coração parece ganhar vida, e de fato ganha com inspirações vindas sei de onde... talvez da luz mais rubra de uma alma amante e assim seguem poesia e arte. Sendo ambas reféns do destino, ou melhor, digo, de um coração amante, que ama e ama...)

domingo, 29 de maio de 2011

Tríplice arte


Segue lúdico
Feito qualquer acorde alucinante
Ou apenas putrefato
Por palavras ditas naquele instante.
Nada que se torne magnifico
Nem em escalas menores, único.
Não me parece supernova
Nem um universo elegante.
Parece-me mais
Uma fantasia bienal.


Uma abstrata arte
Que me parte
Numa inexatidão desagradável
Faz-me fração frio, outra parte
Desatento.
Traços demais
Para uma curva espaço-tempo
Linhas de menos
Para expressar com o coração
Qualquer alvo momento.


Não torno-me contra a arte
Nem a favor dos versos.
Sou estranhamente levado
Por estes acordes,
E agora, nem física
Nem expressão.
Fica o silêncio
É o fim da canção...
Dos versos
E emoção.
 Bento A. G.

( Sempre juntas, deixo, poesia, música e arte, não que seja especialistas nelas; mas vejo-as com olhos tão infantis como vejo você donzela. E junto com esta tríplice, me pergunto, onde estás? onde estás donzela?...)

terça-feira, 24 de maio de 2011

Português

Ao poente vi as minúsculas
Fazendo-se fixas e garrafais.
Eram desordenadamente
feito grito louco
ou um dolorido rouco
inexistente  na reflexão.

De longe
As via como anti-heróis
E o incerto, era agora, modinha.
Não era plural, tão pouco ímpar.

E dizem que estas
Garrafais, mistas
São populares,
Contudo, sou mais formal...

Deixo plural com plural

E prefiro dizer
Que gramaticalmente, sou anormal.
Bento A.G.

( distribui-se ignorância aos milhares e acham correto? Eu particularmente, acho que "emburrecer" a todos deve ser a mais óbvia e simples solução. Se não soubermos falar, escrever, pensar...como vamos mudar? É, acho que isto não existe mais... mudar? Não não, como uma curva descendente temos apenas a triste conclusão, daqui o futuro tende apenas a ser pior, ignorante e febrilmente pobre, pobre de cultura, de história e mesmo de si... NÃO DEIXE A GRAMÁTICA MORRER!!!! PORTUGUÊS FORMAL JÁ!) 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Televisão


Há poesia em todo o cinza além-mar,
Há, discreto, amor na chuva,
Ou uma aquarela na monótona tristeza,
Eu sei que há.

Contida, em preto e branco,
Uma fantasia sobrevive ao estático quadro,
Que mantemos da perfeição.
Foi-se poeira, sol, chuva,
E a cena sobrevive os infiéis,
Sendo esta; raio, relâmpago e trovão,
Aos corações contidos...

Inspiração é o refúgio da alma,
Oh! Jazigo inconstante...

Inspiração, agora que necessito,
Não há...
E a chuva, insensata não para.

Porém na simetria inversa.
Segue os versos loucos,
De um poeta enfurecido...


Sou este inconstante e louco,
Delinear de versos soltos
ou tão-somente o coração irrequieto
em busca de sua donzela.
Colorida e em alta definição
Senão somente, única
Em preto e branco.

 Bento A. G.

( Sinto-me ainda mais enfurecido por esta monotonia que sempre me agradou, não que necessito mudar, mas preciso sim e urgente radicalizar. Digo, continuar... Em linhas aferradas busco incansavelmente por ela, e onde estás? Gostaria de saber, donzela dos segredos vil, faz-me tanto mistério não, revela-te e deixa-me novamente com a monotonia do amor, quero-o tanto amor, amor, amor... Vinde a mim, suplico-o, vinde nobre amor. CANSEI-ME DE TODO O IMPREVISTO DA OCASIONALIDADE E DO (DES)AMOR... Vinde, abruptamente, a mim amor!!!)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Linhas de acaso


Não era emoção monótona
Tão pouco, euforia descontrolada.
Era paralisia muscular.

Ou estátua fria e escura
Depende o ângulo que se olhar.

Não dizimou Hiroshima
E os corpos surreais ainda permeiam.

Procuro cores cintilantes
E brilhos foscos.
Na verdade, apenas o desigual
Procuro teu amor
E em totalidade tua alma.

Seja esta radioativa
Ou de cores primárias.
Seja aquarela ou simplesmente
Metade, aquela.

Que me faz viajar
Por história, poesia
Quiçá em excessiva
Melodia...

Bento A. G.


( Em linhas tênues, quando a chuva parece-me interminável, vejo apenas o fosco que o amor me traz. Ou melhor, não me trouxe nem em suplicações majestosas. Sim, suplico invariavelmente por vós, vinde a mim amor impossível, vinde doce donzela... e faz-me, apenas, teu. TODO TEU. "Onde estou? Onde estás, meu amor?" ...)