sexta-feira, 24 de junho de 2011

“Amar lá France”


Mon pur amour
ao te ver, enamorei-me.
por rosas e lírios.
Mon pur amour
em veias longínquas.
Fiz-me açúcar e pimenta
ante ao sorriso cintilante
do teu estro.

Nas passarelas da poesia
vejo-te passar,
e todo dia
lustro teus passos com amor,
fazendo-os versos compassados
numa rima apaixonada.
Contando os dias, de passo em passo
sonho com o bailar de nossas almas.

L’amour l’amour
conheci a imprecisão
ao vê-la passar.
l’amour l’amour
se hoje estou aqui
é por tua alma
ou apenas porque necessito
destes versos apaixonados
de um amante francês.

 Bento A. G.

( Tem horas que a poesia não tem língua, tão pouco inspiração. Esta nasce com uma voracidade e consome cada verso com um emoção inexplicável. Mistura-se línguas, sentimentos, lembranças... e no fim parece a mesma abstração gramatical do dia-a-dia, porém não será? Particularmente, ainda penso, que não existe idioma para o amor, tão pouco versos perfeitos... Mas estas mesclas soa-me além de desafiadora, simbolista e romancista, um tanto ímpar. Na verdade é par. Será? E no fim a pergunta, "onde estou? onde estás, meu amor?" ...)


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