domingo, 26 de junho de 2011

Amante à Português


Em linhas pretéritas,
e amores mais que perfeitos,
seja no passado ou futuro
sigo sendo conservador.

Em conjugações distintas
e gêneros na mesma proporção
afago cada olhar
como se este fosse único e último.


A mística exata dos antônimos
torna-nos um,
a par de nossos corpos fundidos
 e almas errantes
de Deuses e Donzelas.


E na mesma equação
somos sujeito e objeto
verbo e predicação.
Seremos, talvez, a conjunção
de frases perfeitas
e amores a mais.
 Bento A. G.

(Às vezes creio que em equações complexas existem essência e palavras perdidas, assim como em versos tão belos uma simetria bilateral que transcende qualquer métrica. A formalidade nem sempre é precedente, mas quando está se faz por completo, torna não apenas belo, como por completo, complexo. Vou do português à matemática com o mesmo entusiasmo que vou do teu coração à teus lábios...) 

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