domingo, 19 de dezembro de 2010

Bento – Releitura.


Aos vinte e um, nasci
De entranhas e putrefatos
Numa revolução incompreensível.

E o ciclo
Parece-me psicoses febris.
Com a espada em minhas mãos
Quero o Ouro e o Dragão
Ou por suposto, qualquer final feliz.

As armas mancharam meu corpo
E as rosas
O delinearam...

Agora, no sopro tangencial
Procurei a melhor reta,
Que pudesse ao menos
Mostra-me quão gloriosa
Foram estas revoluções...

Novamente
Sobre minha lápide
Questiono-me, por quê?

Vejo tão afogueados seres
Estão na penumbra do inferno
Esperando-me.

Eis que vejo no sepulcro ao lado
“Hasta la Victoria siempre”
Então percebo... Éramos jovens
Pintando bandeiras
E revoluções...

(Foram tantos porquês sem resposta e outros tantos com respostas convictas. Foram-se sonhos, ideais, revoluções... e ainda persiste um teimoso coração, estacnado na grande guerra que é dar-se amor.)

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