quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Pôr-do-sol


No poente
Céu alaranjado.
Nossos corpos na grama
Nossas almas fundidas.

Vem então a lua
E percebo a respiração alterada.

São nossos corpos a se tocar
Tão delicadamente
Quanto carícias a uma rosa
E sinto os seios.

Febris, tocando-me
Assim como a aquarela
Toca aos olhos atentos.

Subitamente
Descrevo-a
Em versos estáticos.
E no final,
A arte abstrata
Revela-se perfeitamente
Como um desejo incondicional.

Bento A. G.


( Aos poucos vemos que a convivência apenas persiste se formos perfeitamente delicados e compreensivos. Vemos que as coisas mais simples são as melhores e as mais intensas nossa eterna busca...)

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