Pôr-do-sol
No poente
Céu alaranjado.
Nossos corpos na grama
Nossas almas fundidas.
Vem então a lua
E percebo a respiração alterada.
São nossos corpos a se tocar
Tão delicadamente
Quanto carícias a uma rosa
E sinto os seios.
Febris, tocando-me
Assim como a aquarela
Toca aos olhos atentos.
Subitamente
Descrevo-a
Em versos estáticos.
E no final,
A arte abstrata
Revela-se perfeitamente
Como um desejo incondicional.
Bento A. G.
Bento A. G.
( Aos poucos vemos que a convivência apenas persiste se formos perfeitamente delicados e compreensivos. Vemos que as coisas mais simples são as melhores e as mais intensas nossa eterna busca...)
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