sexta-feira, 8 de abril de 2011

À donzela Ruiva


Definir-me como amor
é roubar-me a escolha pelo pecado.
Em contraponto, se pecado fosse
Teria apenas, para doar,
todo o amor, doce.

Meu imo é ser
sempre só,
em tuas línguas e lábios
ser aquela canção em dó;

Minha fúria,
é ser, em teus gemidos
açúcar e pimenta
ou apenas o poeta querido.

Que em versos quentes
fazem-na, apenas amor.
Pois sou moderno
e amo-te, não nego.
Bento A. G.

( Às vezes, jogamos tantas palavras ao vento e esquecemos que particularmente, cada uma delas é de tamanha importância, tanto quanto se estivessem em conjunto. E cada qual com sua particularidade toca aos demais de maneiras e intensidades distintas. Cada palavra tem em sua própria entrelinha a magia de ser única e tocar aos corações alheios como estes permitirem. Deixe cada verso fluir, e surpreendentemente, notarás que o amor também flui... E ao amor deixo todas as palavras de minha vida.)

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