A outra
Ásperas e libidinosas curvas
Fazem-na lânguida ao passar
De um a apenas outro.
Entristecendo-a por ser objeto.
Na penumbra outra doce barata
Deixa-te atraentemente única
E ouve-se, então, aproxime-se!
Jamais será a paixão
Talvez a vaidade ou ilusão
De um ego decadente
O qual delineia-a, como sendo
De fácil dominação,
E as mãos calejadas
A cortam, não por serem rudes
Mas por serem despretensiosas e ilusórias
Assim, deixam-na, sendo apenas a outra...
Bento A. G.
( Muitas vezes quando paro para observar, vejo-me tão longe desta realidade áspera e luxuosa. Torna-se tudo tão fácil e pouco significativo, quando vemos foi-se a noite, foi-se o gozo, e qual era mesmo o nome? É preocupei-me apenas com o prazer... e Isso tudo deixa-me profundamente magoado, matam as rosas, matam a educação e acham que tudo resume-se aquilo... Não quero ser outro, não quero a outra... quero ir de Alphonsus à Cruz e Souza, passear por Gonçalves dias e Augusto e perceber que a donzela desfalecida ainda existe, quero profundamente crer que o amor ainda existe. Pois então valho-me de Chico para perguntar, "Onde estou?...Onde estás, meu amor?" ...)
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